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Taboão lança projeto para homens que respondem por agressão

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Redação

01/09/2014 00:00
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Ricardo Vaz

Um projeto piloto do Ministério Público de São Paulo de combate ao machismo e a violência doméstica, será lançado no mês de setembro, em Taboão da Serra para atender 30 homens que respondem através da Lei Maria da Penha processos de agressão as suas mulheres. 

O projeto batizado como “Tempo de Despertar” é uma homenagem ao ator Robin Willians. São sete encontros quinzenais onde os participantes que assistirem às aulas terão a pena atenuada, acompanhados por uma equipe multidisciplinar com visitas domiciliares após a soltura para ver senão há novos casos de agressão. “Prestar atendimento ao agressor é uma forma de romper o ciclo de violência bem como fomentar politicas públicas favoráveis a mulher vitima de agressão”, disse o prefeito Fernando Fernandes.

Projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Taboão da Serra, Poder Judiciário e Promotoria | Ricardo Vaz

O projeto é uma parceria com as secretárias de Saúde, Desenvolvimento Econômico, Segurança Pública e Coordenadoria da Mulher, Poder Judiciário e Promotoria de Justiça. “É chocante ver que a violência doméstica ainda é fato recorrente, sendo as mulheres e crianças as maiores vítimas. E, pensando nisso aceitamos o desafio de montar um grupo para atender o homem praticante do crime de violência doméstica”, salientou a secretária de Saúde Dra. Raquel Zaicaner.

Após a conclusão do curso todos serão convidados a aceitar um acompanhamento por parte de uma equipe de profissionais da saúde. “O objetivo é impedir que o ciclo de violência se perpetue. Seja em relação a atual vítima ou futuras”, reforçou Dra. Raquel.

Segundo a coordenadora dos Direitos da Mulher de Taboão, Sueli Amoedo, “a participação dos homens no grupo irá melhorar a relação do casal e reduzir o número de ocorrências, pois em 75% dos casos os homens são reincidentes podendo reproduzir muitas vezes a violência que vivenciou em sua infância ou adolescência”, comentou.

Para a promotora de Justiça Dra. Maria Gabriela Mansur, autora dessa proposta, “depois de muitos estudos e experiências com vítimas, vi a necessidade de um projeto com o agressor, voltado para o homem, que ás vezes nem sabem que está cometendo um ato violento”, concluiu.

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