Embu das Artes comemorou 55 anos de emancipação
A cidade mais charmosa da região, Embu das Artes, completa nesta terça-feira, dia 18, seu 55º aniversário. Mas a história desse município que abrigou artistas, poetas, pintores e muitos nomes de destaque da cultura popular do país tem uma história bem mais antiga, que remota o início da colonização do Brasil no século XVII.
Mas Embu das Artes encanta não apenas pelas suas ruas charmosas do Centro Histórico ou pelos ótimos restaurantes, ou pela sua mundialmente famosa feira de artes. Embu respira história dentro de seus antiquários, nas construções do século XIX, nos seus museus e igrejas. A presença dos padres jesuítas na cidade até hoje é visível no Museu de Arte Sacra.
Cidade irmã de Taboão da Serra, gêmeas separadas por apenas um dia, Embu foi emancipada no dia 18 de fevereiro de 1959, até então era apenas um distrito de Itapecerica da Serra. Hoje, Embu cresceu, se desenvolveu e abriga quase 250 mil habitantes. Depois de um plebiscito, inédito no país, o município incorporou o “das Artes” ao seu nome e justificou a fama da cidade.
A História
Em 1624, Fernão Dias e sua mulher Catarina Camacho, grandes proprietários da região, doaram à igreja uma quadra de terras para construção da Capela de Nossa Senhora do Rosário, iniciada em 1628, pelo Padre Belchior de Pontes que transferiu, para suas proximidades, a aldeia de M'Boy, que mais tarde originou a corruptela “Embú”, assim denominado a aldeia que, segundo versão popular, surgiu quantidade de cobras existentes.
A construção do convento, anexo à capela foi iniciada em 1740 pelo Padre Domingos Machado. Na época, foram reunidos no aldeamento vários padres artistas que elaboraram os trabalhos de decoração da mesma. As verbas necessárias às douraduras dos entalhes das paredes de madeiras e grande número de imagens, foram possibilitadas pela venda do algodão que cultivavam em grande escala.
A dificuldade de comunicação não permitiu o rápido desenvolvimento do povoado. Somente no final do século XIX, a Cúria Diocesana de São Paulo contratou o engenheiro Henrique Bocolini para demarcação do patrimônio; o qual, reconhecendo os valores artísticos da capela e do convento, realizou as primeiras obras de apoio à conservação das construções.
Suas terras, no entanto, eram impróprias para a cafeicultura, principal atividade econômica da época. Assim, Embú entrou noutro período de retração que durou até meados do século XX, quando a capela e convento foram tombados pelo Estado que procedeu às devidas restaurações. A partir disso, a comunidade local, começou a desenvolver as atividades artísticas, explorando o turismo como fonte de renda do Município, criado em 1959.