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Régis Bittencourt tem pelo menos 18 pontos de venda de bebida alcoólica

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Redação

03/02/2014 00:00
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O álcool é o principal vilão das mortes no trânsito no Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que o consumo da bebida está associado a 21% dos acidentes de trânsito e que uma em cada cinco vítimas de trânsito atendidas nas emergências de hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde) ingeriram algum tipo de bebida alcoólica.

Para tentar inibir o consumo de  álcool, desde 2008 existe uma Lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais, mas ela é falha. Isto porque, a venda é permitida nas estradas nos perímetros urbanos, ou seja, nos locais onde as estradas são cortadas por municípios.

Bebida e direção é uma combinação que nunca acaba bem | Thiago Neme / Gazeta SP

A exceção faz com que a venda de bebidas nas estradas seja quase livre e a fiscalização impossível. A Gazeta SP percorreu cerca de 10 quilômetros da Rodovia Régis Bittencourt, rodovia que liga a Capital ao sul do País, desde o seu início em Taboão da Serra até a cidade de Itapecerica da Serra. Do km 270 até o posto da Polícia Rodoviária Federal no km 280 são 18 pontos de venda de bebidas, o que representa dois locais que com bebida disponível para cada quilômetro percorrido.

Fiscalização

São padarias, churrascarias, postos de gasolina, lojas de conveniência e bares que apesar de estarem à beira da estrada tem permissão para vender bebida alcoólica. A reportagem entrou nos estabelecimentos e comprou as bebidas estavam expostas à vontade. Cerveja, batidas, destilados e outros, são encontrados facilmente. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que é responsável pela fiscalização, na Régis Bittencourt, até o km 300, em São Lourenço da Serra, a venda é permitida.

Para o chefe de núcleo de policiamento e fiscalização da 4º Delegacia da PRF de Itapecerica da Serra, Ricardo de Paula, a Polícia Rodoviária fica de mãos atadas. “A responsabilidade da Polícia Federal é fiscalizar e autuar, caso o estabelecimento não tenha alvará. No auge da lei seca, reforçamos a fiscalização nos comércios, mas os comerciantes acharam brechas na lei. As rodovias que cortam cidades tem total liberdade para a venda”.

Ricardo ressalta que o número de acidentes nos finais de semana envolvendo motoristas embriagados é altíssimo e conta que no início do mês, o próprio veículo da PRF foi envolvido em um acidente. “Na madrugada do sábado dia 4 de janeiro, um motorista bêbado, bateu no nosso carro da polícia, ainda bem que não houve feridos”.

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