Chico Brito rebate acusações e denúncias da oposição
Em uma entrevista exclusiva à Gazeta SP o prefeito de Embu das Artes, Chico Brito (PT), se pronunciou a respeito das acusações feitas pelo ex-candidato à prefeito do município, Professor Toninho (Psol), de que Brito estaria envolvido com a máfia do asfalto, empresas que fraudavam licitações em cidades do interior do Estado.
Em novembro Toninho apresentou para a imprensa listas que supostamente foram encontradas na casa do contador do esquema da máfia. Nestas planilhas o nome de ‘EMBU’ apareceu cerca de 45 vezes, com valores que, somados, atingem o total de R$ 2,3 milhões em propinas. O nome de Chico Brito também aparece.
Foto: Thiago Neme | Gazeta SP
“Eu já prestei todos os esclarecimentos para o Ministério Público Federal”
O prefeito declarou que os documentos apresentados por Toninho foram manipulados e que as investigações foram suspensas pelo Ministério Público. “Eu estou tranquilo, até porque a lista está sendo tão questionada que tem dez dias que o MP suspendeu as investigações, porque a lista foi manipulada”, disse.
Brito afirmou que as acusações feitas são infundadas e que Toninho está “muito atrasado”. “Em abril deste ano o Ministério Público Federal pediu todas as informações dessa empresa [Scamatti& Seller]: licitação, contratos e fotografias das ruas, isso tudo em abril, então o Toninho está atrasado, muito atrasado”.
Nesta semana Toninho realizou um ato público na Câmara Municipal, pedindo a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Chico Brito comentou a respeito desse ato que, em sua opinião, é desnecessário já que não há qualquer irregularidade. “Eu já prestei todos os esclarecimentos para o Ministério Público Federal. O Tribunal de Contas do Estado de SP já vistoriou todas as obras e verificou que todas elas foram feitas e só foram pagas as obras feitas. Então ele [Toninho] está muito atrasado, tanto é que ele chamou a mobilização na Câmara Municipal e tinham apenas seis pessoas – ele e outras cinco”, garantiu.
Segundo o prefeito, a empresa deve ser investigada pelo fato de seu nome ter aparecido em fraudes feitas em outras cidades e garante que Embu das Artes não está envolvida no esquema criminoso. “Eu não tenho receio nenhum, coloco o meu sigilo bancário, telefônico e fiscal à disposição e a empresa tem que ser investigada mesmo. Se em outra cidade ela recebeu sem fazer obra, ela tem que ser penalizada. Aqui no Embu isso não vai acontecer porque ela só recebeu pelas obras que ela realmente efetivou”, finalizou Chico Brito.