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Niasi chegou a Taboão da Serra em 1970 e foi referência na indústria regional

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O TABOANENSE

04/08/2021 20:55
Acervo / Jornal O Cidadão
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Publicado no blog de Clayson Latorre e no Jornal O Cidadão

Olá amigos, nesta semana vamos relembrar mais uma matéria do nosso acervo histórico. Nessa coluna, abordamos uma matéria publicada originalmente na edição nº 318 do Jornal O Cidadão, publicada em julho de 1989. A edição mostrou o perfil empresarial da Niasi, uma das maiores indústrias de cosméticos do Brasil na época.



A Niasi foi fundada no dia 1º de março de 1935 por Niasi Melhem Abdo, um imigrante libanês que construiu um verdadeiro império. Em 1932, após perder o emprego no centro de São Paulo, Niasi começou a vender grampos de cabelo para sustentar a família. A empreitada deu certo e li começou sua história vencedora.

A modesta fábrica no bairro de Congonhas cresceu e foi transferida, na década de 1970 para Taboão da Serra onde a administração e a linha de produção ocupavam 60 mil m² cercados de muito verde. A Niasi foi um marco para a cidade, gerou empregos e renda em uma época que Taboão era considerada cidade dormitório. No seu caminho, diversas outras empresas químicas e farmacêuticas se instalaram no município nos anos seguintes.

Na década de 1980, a empresa passou a ser administrada por Maximiliano José Lopes Abdo, filho do Sr. Niasi, e empregava mais de 600 funcionários, a grande maioria de Taboão da Serra, Embu e região. O sucesso era grande, a cada lançamento, marcas como Biocolor, Risque, Restaurex, Contouré ganhavam as prateleiras de todo Brasil.

Na época, Maximiliano contou ao jornal O Cidadão que a empresa se instalou em Taboão da Serra “devido a expectativa de futuro que o município oferecia”. Mesmo longe da administração diária, o Sr. Niasi visitava a fábrica constantemente e contribuía com sugestões.



Apesar do tamanho, do volume produzido e do grande numero de empregados, a Niasi sempre foi uma empresa familiar e marcou época em Taboão da Serra, sendo uma das principais arrecadadoras de impostos para a cidade.

O libanês Niasi Melhem Abdo, começou como mascate, vendendo grampos e redes para cabelo e construiu um império da beleza em Taboão da Serra

Porém em 2008 a Niasi foi comprada pelo conglomerado brasileiro Hypermarcas, que detinha o comando de diversas marcas como a Assolan, Bozzano e Monange. O valor do negócio foi fechado em R$ 366 milhões. A empresa continuou funcionando no mesmo prédio, gerando empregos e renda para Taboão da Serra.

Mas, em julho de 2012, a indústria instalada por mais de 30 anos instalada na rua Pedro Mari, deixou a fábrica. A Hypermarcas levou toda a linha de produção para Goiânia e a empresa encerrou suas atividades na fábrica taboanense no final do mesmo ano. 700 pessoas perderam seus empregos na época.







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