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Justiça ouve últimas testemunhas de defesa na fraude do IPTU, nesta quinta
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A Justiça de Taboão da Serra retoma as oitivas do julgamento dos 26 envolvidos na fraude do IPTU na manhã desta quinta-feira, dia 31, para ouvir as últimas testemunhas de defesa. O nome do ex-prefeito Evilásio Farias e do ex-vereador Paulo Felix, estão entre as testemunhas de defesa. O ex-prefeito teria sido arrolado pelo ex-secretário de Finanças Maruzan Corado, que dispensou a testemunha. Já o ex-vereador Paulo Félix, até a manhã desta quarta-feira, não havia sido notificado. Portando, ambos não devem depor na audiência desta quinta-feira. Já o filho do ex-vereador Wagner Eckstein, o Wagner Eckstein Júnior, foi notificado e deve comparecer ao Fórum.
Os acusados são ex-vereadores, ex-secretários municipais, servidores e ex-servidores públicos entre outros. Na fase seguinte do julgamento os 26 réus irão depor.
Foto Eduardo Toledo

O ex-prefeito Evilásio Farias será uma das testemunhas

O ex-prefeito Evilásio Farias será uma das testemunhas
Entenda o caso
No dia 3 de maio de 2011 Taboão da Serra viveu o maior escândalo político da história. O esquema fraudulento de baixas na dívida ativa do município foi descoberto pela Polícia Civil e resultou na prisão de 26 pessoas, entre eles quatro vereadores, três secretários municipais, funcionários e ex-funcionários da prefeitura. Devido ao escândalo a cidade foi destaque negativo em todo o país. O caso ainda esta em julgamento, eles são acusados de desviram cerca de R$ 10 milhões dos cofres públicos.
O esquema que fraudava os cofres públicos começou a ser descoberto no dia 18 de março, com a prisão em flagrante do então funcionário público Márcio Carra. Ele baixava indevidamente impostos que estavam na dívida ativa em troca de propina. A investigação da Polícia Civil levou a descoberta de uma quadrilha que operava o esquema.
No dia 3 de maio, numa cena cinematográfica, policias civis da Seccional de Taboão da Serra foram até a Câmara Municipal e prenderam três vereadores. Outras oito pessoas foram presas nos dias seguintes. Um mês depois mais 15 pessoas foram presas, incluindo mais um vereador e três secretários municipais.
Alguns dos acusados ficaram presos por cerca de 90 dias, quando o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu Habeas Corpus aos envolvidos mediante pagamento de fiança no valor de R$ 27 mil.
Em agosto de 2011 teve inicio o julgamento, apenas as testemunhas de acusação foram ouvidas nessa primeira parte. Em janeiro de 2012 as audiências foram suspensas. A justiça atendeu a um pedido dos advogados do ex-secretário de Governo, Luiz Antonio de Lima, sob a alegação de suposta falta de documentos nos auto.
A Câmara Municipal instaurou uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), após várias oitivas o relatório final foi arquivado, sem ser votado pela comissão.
Morte
Durante a operação Cleptocracia, a Polícia Civil divulgou diversos relatórios de investigações paralelas que foram desencadeadas após a apreensão de documentos na prefeitura e na casa dos acusados. O principal nome das investigações era o policial Ivan Jerônimo.
Uma reviravolta aconteceu no dia 8 de março de 2012, quando o policial acabou cometendo suicídio, com um tiro no peito, em um banheiro de um café, na Cidade Jardim, em São Paulo. Ivan era considerado peça-chave no julgamento dos acusados, com sua morte a acusação perdeu a principal testemunha.