A prefeitura de Embu das Artes negocia a compra de 100 mil doses da vacina contra covid-19 Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Gamaleya, na Rússia. O prefeito Ney Santos (Republicanos) anunciou em uma live que as tratativas com o laboratório iniciaram no dia 12 de março, e que Embu das Artes preparou um planejamento financeiro para uma eventual liberação da compra direta das vacinas pelo município. “Nós, a dra Thais de Almeida Miana, secretária de Saúde, e toda sua equipe iniciamos as tratativas para que a gente possa adquirir a nossa própria vacina, a Sputnik. Não temos ainda certeza, até porque o governo federal não tem um pingo de vontade que a gente adquira. Eles não mandam a vacina, mas também não deixam a gente comprar”, declarou Ney Santos. De acordo com o gestor, assim que as primeiras vacinas começaram a ser produzidas no mundo, ele declarou interesse na aquisição do imunizante para a população embuense. Para ele, nada é mais prioritário nesse momento do que as vacinas. “Deixamos bem claro que se tivéssemos que parar uma obra, nós pararíamos, mas o dinheiro para comprar a vacina não íamos deixar faltar. Por conta disso, temos o dinheiro garantido, recurso da população através dos seus tributos, para que a gente possa comprar as vacinas. A vacina para nós é prioridade. Nada é mais prioritário do que curar a nossa população desse vírus maldito.”, revelou Santos. Para Santos, o município precisa adquirir pelo menos 100 mil doses da vacina. “Nós precisaríamos comprar pelo menos 100 mil doses rapidinho, para imunizar o máximo de pessoas possíveis, até o governo federal ter consciência e fazer o que é uma obrigação dele”, disparou. “Essa dificuldade que estamos enfrentando diuturnamente ao ver as pessoas morrendo, está de pés e mãos amarrados, nós não vamos aceitar. Tudo que estiver ao nosso alcance vamos fazer, mas a população de Embu das Artes não vai ficar passando essa dificuldade”, garantiu Ney Santos. O prefeito aproveitou e fez um apelo à população. “Faço um apelo com muita humildade, nos ajudem, evitem sair de casa, evitem festas, evitem aglomerações, evitem andar sem máscara, porque o sistema de saúde não vai entrar em colapso, ele já está em colapso”. Vacina Sputnik De acordo com a revista científica "The Lancet", estudos mostram uma taxa de eficácia de 91,6% para a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Gamaleya, na Rússia. O imunizante já está sendo aplicado em outros países, mas ainda não obteve a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial no Brasil. No Brasil, o laboratório União Química pretende produzir a vacina russa Sputnik V. O imunizante permite o uso de geladeiras comuns, devendo ficar armazenada na temperatura de 2 a 8 graus Celsius.