Novo capitão assume Polícia Militar em Taboão da Serra
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Colaborou Eduardo Toledo
O Capitão Antônio Carlos de Morais é o novo comandante da 4ª Companhia da Polícia Militar de Taboão da Serra, ele substitui o Major Will. A pouco mais de um mês no cargo, ele declarou que o trabalho da polícia vai continuar intenso e ostensivo no combate à criminalidade na cidade. Para isso conta com o apoio do seu efetivo e das autoridades municipais.
Em 25 anos efetivos de Polícia Militar, Cap. Morais trabalhou na área operacional, já atuou na Zona Norte de São Paulo, região que nasceu. Também atuou no policiamento da Zona Sul e em algumas cidades do interior, mas sempre na atividade de policiamento.
Foto: Reprodução
O capitão Antônio Carlos substituiu o Major Will, que deixou Taboão da Serra
Capitão há cinco anos, sempre atuou no comando de outras companhias da Polícia Militar. “ Como 1º Ten., em vias de ser promovido Capitão eu também comandei interinamente uma Cia. Então é uma atividade que eu desenvolvo há bastante tempo, tenho alguma experiência já”, disse.
Em entrevista exclusiva ao Portal O Taboanense, Capitão PM Antônio Carlos de Morais, falou sobre o trabalho da polícia e os índices de criminalidade em Taboão da Serra.
Portal O Taboanense – O senhor já conhecia o município de Taboão da Serra?
Antônio Carlos de Morais – Estou começando a conhecer o município, tem pouco mais de um mês que estou na região, é a primeira vez que eu trabalho na região. Na questão geográfica, vamos dizer assim, estou conhecendo, entendo como é a dinâmica da cidade.
E as lideranças políticas?
Já tive contato com a liderança política da cidade, estive com o prefeito [Fernando Fernandes], com alguns secretários, estou estreitando contato com a Câmara, pra que a gente conheça as lideranças, estou estabelecendo contato com as lideranças para que a gente possa encaminhar e até trabalhar em conjunto para a melhoria da situação geral da cidade.
Qual foi a primeira impressão da cidade e da Cia que o senhor está assumindo? O número de viaturas, efetivos, o senhor acha que é ideal pra trabalhar?
Graças a Deus. Quando eu cheguei aqui eu fiquei muito feliz com o que eu tinha. Tenho um efetivo comprometido, a maioria dos homens conhece bem a cidade, conhece os problemas da cidade, tem uma parcela bastante considerável que é de Taboão e regiões próximas. Tem um vínculo com o local, que é importante para que haja esse comprometimento. O que eu tenho de material humano, principalmente, é suficiente pra gente trabalhar e conseguir os objetivos.
A gente quer mais, eu sempre cobro, reivindico junto ao meu Comandante para que me forneça mais meios, mas eu tenho bons homens e equipamento adequado para desenvolver o meu trabalho aqui em Taboão.
O número de homicídios vem diminuindo na cidade, e é difícil um policiamento ostensivo que consiga zerar isso. Mas está havendo um número grande de roubo de carro. Como a Polícia Militar pode combater esse crime?
O fenômeno roubo de veículos está em crescimento em todo o Estado, porém se você verificar nos indicadores de Taboão da Serra, no site da secretaria de Segurança Pública (SSP/SP), Taboão vem sofrendo um decréscimo. Em indicadores que a gente ainda precisa melhorar, mas estamos em um processo de decréscimo e isso é importante. E como a gente vem fazendo isso? Principalmente agindo preventivamente, procurando fazer ações tipo bloqueio em horários e locais pré-determinados de forma diária e constante, de forma a inibir e tirar a tranquilidade daquele indivíduo que pratica o roubo ou o furto de veículos.
A população taboanense sobre muito com o barulho, pancadão, comércio que abusa do som, posto de gasolina. Há pelo menos 10 anos fazemos matérias sobre isso. É um problema que preocupa o senhor?
O que a gente chama de pancadão também é um fenômeno que já há alguns anos vem se alastrando principalmente nas regiões periféricas das cidades de São Paulo e alguns municípios da Grande São Paulo e até do interior em intensidades diferentes. Preocupa primeiro pela questão da tranquilidade pública, os moradores das regiões próximas reclamam do alto volume do som que é tocado nesses eventos e a gente identificou que há uma dinâmica proliferada de uso de entorpecentes nesses locais somado a isso, uma grande frequência de adolescentes, menores de idade que nos preocupa muito essa situação.
Quais são as ações para combater quem desrespeita a Lei do Silêncio?
O Batalhão que pega Embu e Taboão da Serra vem a bastante tempo desenvolvendo semanalmente operações específicas e direcionadas somente aos pancadões. Como a gente tem eventos em vários locais das duas cidades a gente tem que fazer isso de forma pontual,. mas estamos fazendo e tido bons resultados. A prefeitura de Taboão nos municiou com um importante instrumento legal, que é uma legislação específica sobre perturbação pública na cidade e a gente tem usado para coibir esses excessos.
A 4ª Cia é vista como mais tranquila que a 2ª Cia em termos de “criminalidade”, menos violenta que os crimes da periferia. Porém nessa região acontece muito roubo a agências bancárias e a comércios. Como combater esse tipo de crime que cresce, principalmente, na região central?
Exatamente, a gente tem tido crimes contra o patrimônio na área da 4ª Cia. A parte comercial e bancária de Taboão é concentrada na nossa área, e a gente tem trabalhado em conjunto com comerciantes, em contato com a Associação Comercial (ACE) que nos passam informações. A gente tem procurado direcionar o policiamento naquela região, colocar policiamento a pé e centralizar as Rocam na área. Como é uma área muito densa de circulação de pessoas e veículos, as motos tem mais mobilidade, conseguem fazer o policiamento com maior visibilidade. Por isso nós estamos concentrando as Rocam nessa área comercial para coibir essas ações de roubos e furtos.