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MTST irá deixar terreno invadido em Embu das Artes

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Redação

27/07/2013 00:00
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Mais de 550 famílias vão deixar o acampamento Novo Pinheirinho em Embu das Artes no próximo domingo, dia 28. A saída da área será para viabilizar o projeto de construção de moradias na mesma área, já acordado com os governos municipal, estadual e federal. Durante as obras eles receberão auxílio aluguel.

Após um ano e meio de espera e muita luta, os integrantes do Movimento Trabalhadores Sem Teto (MTST) comemoram mais uma conquista. “Foram 18 meses de muitas lutas para Brasília, Palácio do Governo, ocupações de prédios públicos e travamentos de rodovias. Conquistas resultantes de luta e pressão”, diz o comunicado.  O ato político de desocupação do terreno acontecerá às 9h da manhã, todos sairão em marcha pela cidade.

Foto: Maikc Reis

Integrantes do MTST durante invasão do terreno em Embu das Artes

O terreno foi adquirido pela CDHU em 1998. A Companhia, após realizar um estudo, desenhou um projeto para a área que prevê a manutenção da mata local, a criação de um centro de estudos ambientais, além de outros equipamentos de uso social – de lazer e educação – e 1200 moradias na área já desmatada, para atender parte das nove mil famílias que sofrem com a falta de moradia no município do Embu das Artes.

A ocupação começou em março de 2012 quando um grupo do Movimento dos Trabalhadores Sem teto (MTST) ocupou um terreno no Pq. Pirajuçara, em Embu das Artes. Segundo os líderes do movimento, cerca de 800 famílias acamparam no local. O grupo exige que no terreno, de propriedade da CDHU, sejam construídas casas populares.

A reportagem do Portal O Taboanense acompanhou de perto a invasão. Pelo menos três ônibus com integrantes do MTST partiram da praça Luis Gonzaga, no Pirajuçara, em Taboão da Serra rumo a cidade vizinha. A ocupação foi batizada de “Novo Pinheirinho de Embu”, uma alusão a comunidade de São José dos Campos.

Além dos ônibus, dois caminhões carregados de bambus e lonas ajudaram os integrantes do movimento na invasão. Em menos de duas horas, diversos barracos já estavam em pé e com pessoas ocupando os abrigos improvisados. A polícia chegou logo em seguida, mas não houve confrontos.

Para Vanessa de Sousa, coordenadora do movimento, existem outras reivindicações que devem ser debatidas. “Temos um convênio com a CDHU há mais de três anos. Cerca de trezentas pessoas vivem do ‘bolsa aluguel’ e esse convênio vence em junho de 2012e não está tendo uma negociação por parte deles”.
 

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