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Fernando Fernandes rebate acusações de Aprígio e clima pré-eleitoral esquenta em Taboão da Serra

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Redação

24/12/2019 09:41
Eduardo Toledo
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Uma discussão no plenário da Assembleia Legislativa na última semana teve grande repercussão em Taboão da Serra. Os deputados estaduais Aprígio e Analice Fernandes, ambos da cidade, trocaram farpas durante a votação do Orçamento Estadual. Um dia depois, foi a vez do prefeito Fernando Fernandes responder as acusações feitas por Aprígio durante coletiva com a imprensa.

O embate entre os dois grupos políticos já é prenuncio da sucessão municipal. A polarização até momento das candidaturas de Aprígio e de Daniel Bogalho, pré-candidato do governo que conta com o apoio da família Fernandes, deve crescer nos próximos meses com ataques e acusações.

Aprígio usou a tribuna da Alesp para criticar a política habitacional em Taboão da Serra. “Depois de certos absurdos que a gente escuta, de certas mentiras de alguns políticos da nossa região, resolvi usar a tribuna e fazer uma pergunta para a deputada Analice, se ela sabe quantas casas, o marido dela [prefeito Fernando Fernandes] construiu em oito anos que ele é prefeito e mais oito que ele teve antes”.

Analice tentou intervir, dizendo que o prefeito Fernando Fernandes não é “construtor” como Aprígio, que preside a Cooperativa Habitacional Vida Nova. A partir daí o debate ficou mais acalorado, com troca de acusações e ofensas. Aprígio chegou a dizer que Analice deveria respeitá-lo na tribuna e que ele “não sabia que [Analice] era tão mal educada”.

Aprígio também acusou Fernando Fernandes de não ter feito “nenhuma casa em 16 anos” e desafiou: “quero que me mostre aonde fez, em que rua fez e quem mora naquela casa. Sabe quem fez um conjunto habitacional lá? O PT. E seu marido nem foi na inauguração. A Dilma veio, o Lula veio, mas seu marido que era prefeito nem apareceu lá”, esbravejou Aprígio.

Fernandes parte para o ataque

O prefeito Fernando Fernandes convocou a imprensa para uma coletiva onde anunciou o repasse de uma emenda da deputada Analice Fernandes, no valor de R$ 2 milhões, para a construção do Complexo da Mulher, no Jd. São Paulo, em Taboão da Serra. Fernandes aproveitou a presença dos jornalistas para responder e atacar Aprígio.

Fernando Fernandes se dirigiu diretamente para Aprígio, dizendo que o deputado “talvez não conheça a minha história e nem a história da habitação em Taboão da Serra. Nos idos de 1988, com a minha participação [era vice-prefeito] foi a construção do CDHU do Parque Laguna, nós fomos recebidos no Palácio do Governo e assinamos com o governado Quércia a construção”.

O prefeito relembrou ainda dos seus dois primeiros mandatos, entre 1997 e 2004, quando, segundo ele, a política habitacional passou por uma revolução. “Vários projetos habitacionais como o Sítio das Madres, 2, 3 e 4. Construímos a avenida Fernando Fernandes e removemos mais de 100 famílias que moravam em cima do córrego e transferimos para um conjunto no Jd. Saint Moritz”.

Fernandes relatou outras ações como o condomínio do Pq. Jacarandá, a infraestrutura do Jd. Saint Moritz, o Habitar BID e o CDD, um bairro inteiro que foi construído atrás do Pronto-Socorro da Antena.

Além de detalhar suas ações na área habitacional, Fernandes também partiu para o ataque. “Eu não faço apartamento para vender, e vender a preço de mercado, uma moradia na qual o cidadão não consegue nem ter escritura devido as irregularidades que são cometidas [..]. É isso, se o senhor quer saber o que eu faço, é tudo isso aqui”, disse.

Fernandes não poupou críticas e nem acusações. “Quero saber o que o Senhor faz, além de construir prédio, para vender, se tornar o homem mais rico da cidade, presidindo uma entidade que não tem fins lucrativos. Essa é a resposta que eu quero, isso que eu quero saber. Deputado, eu nunca quis polemizar e propor esse debate, mas já que o senhor perguntou, a resposta está dada”.

Analice também falou sobre a discussão com Aprígio. “Ele deveria perguntar para o prefeito de Taboão. Aliás, o plenário da Assembleia Legislativa não é local para debate específico de cada cidade e nem lugar lavar roupa suja”. Analice disse ainda que “ele [Aprígio] não deveria mandar recado, deveria vir aqui perguntar. Ou ele tem medo da resposta ou é incompetente na hora de fazer a pergunta”.

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