Cobrança da Zona Azul acaba nesta quarta-feira, dia 13
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Por Nely Rossany, da Gazeta SP
Em clima de festa, o prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes (PSDB) anunciou hoje à tarde em seu gabinete o fim da cobrança da Zona Azul na cidade. Vereadores e a Deputada e primeira dama Analice Fernandes estavam presentes na assinatura do destrato com a empresa Autoparque, que não enviou nenhum representante. Segundo Fernandes, o rompimento do contrato foi amigável.
O contrato previa um repasse de 6% do arrecadado pela cobrança da Zona para a Prefeitura. Fernandes fez questão de ressaltar que o serviço de estacionamento rotativo não beneficiava em nada a cidade e que estava cumprindo uma promessa de campanha atendendo o clamor da população.
Foto: Ricardo Vaz
Fernando Fernandes assina destrato com empresa: fim da zona azul
A partir de amanhã, quem precisar estacionar nas ruas da cidade não pagará mais R$ 1 por 30 minutos. Questionado sobre como ficariam a utilização das vagas nas áreas comercias, Fernandes afirmou que vai estudar junto com a sua equipe uma maneira de disciplinar o uso das vagas sem a cobrança.
A Zona Azul foi implantada em Taboão da Serra em setembro de 2011 e causou muitos protestos. Primeiro os motoristas achavam o valor abusivo, R$ 1 por meia hora e depois o valor que seria repassado do consórcio para a prefeitura (6%) foi motivo de ação dos vereadores que pediram o cancelamento do contrato. Além disso, se o motorista não utilizasse o serviço poderia pagar multa de R$ 53,21 e receber três pontos na carteira de habilitação, isso se ele não regularizasse a situação em até 24 horas, mediante pagamento de Tarifa de R$ 20.
Participaram da reunião que selou a rescisão de contrato a deputada Analice Fernandes, o vice-prefeito, Laércio Lopes, o secretário de transporte e mobilidade urbana, RInaldo Tacola e os vereadores Eduardo Nóbrega, Carlinhos do Leme, Marco Porta, Cido, André Egydio, Joice Silva, Érica Franquini, Eduardo Lopes, Marcos Paulo e Ronaldo Onishi, além do presidente da OAB sub-seção Taboão da Serra, Acácio Cleto.
Entrevista com prefeito
Quais as principais irregularidades encontradas no contrato?
Primeiro, a taxa de R$ 20 para não ser cobrada a multa caso a pessoa não utilizasse o tíquete. Isso não poderia haver de jeito nenhum, é como se fosse um suborno oficial. Se a pessoa cometeu uma infração teria que ser multada. Depois que tínhamos vagas até em ruas exclusivamente residência. E nem sei se podemos chamar de irregularidade, mas o repasse injusto de apenas 6% do valor arrecadado para a prefeitura.
Qual foi o posicionamento da empresa?
Nós os questionamos e eles aceitaram o rompimento do contrato de forma amigável, sem a necessidade de uma briga judicial.
As multas que foram aplicadas serão canceladas?
Algumas coisas ainda vão ser revistas, inclusive a pontuação das pessoas. Vamos ver se conseguimos cancelar essas pontuações.
Foto: Thiago Neme | Gazeta SP
Reunião entre Fernandes, Analice e vereadores selou o fim da Zona Azul em Taboão
O fim da Zona Azul pode estimular a atuação de flanelinhas?
Os flanelinhas são proibidos oficialmente, mas não temos como proibi-los de trabalhar, aqueles que já são conhecidos, que não ameaçam ninguém vão continuar trabalhando.
Como ficarão as vagas nas áreas de comércio?
Estamos estudando uma forma de futuramente disciplinar o uso das vagas, mas sem a cobrança.