Fernandes garante que Bolsa Aluguel não será cancelada em Taboão da Serra
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O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) de Taboão da Serra realizou na manhã desta quinta-feira, dia 28, uma manifestação no Centro da cidade contra uma suposta falta de repasse do Bolsa Aluguel. Segundo o líder do movimento, Guilherme Boulos, além dos rumores de um possível corte no benefício das famílias, o grupo também quer uma posição do prefeito quanto o caos que se encontra a saúde do município.
Veja fotos da manifestação que parou a rodovia Régis Bittencourt
A passeata seguiu até a prefeitura, onde uma comissão do movimento foi recebida pelo prefeito Fernando Fernandes, o presidente da Câmara Eduardo Nóbrega e dois representantes da Secretaria de Habitação.
“Temos dois convênios que atendem as famílias do movimento que passam pela prefeitura. Um deles atende 100 famílias que recebem pela prefeitura, com recurso municipal, o Bolsa Aluguel até as moradias definitivas serem construídas. Algumas famílias foram informadas que esses contratos não serão renovados, o que é um absurdo, essas famílias não tem para onde ir”, disse Guilherme Boulos.
Foto: Ricardo Vaz | Divulgação
Manifestantes fecharam a rua da prefeitura enquanto comissão conversava com prefeito
O prefeito Fernando Fernandes disse à comissão que as informações não são verdadeiras. Segundo Fernandes, foi solicitada uma reavaliação dos contratos e os mesmos estão sendo renovados mês a mês, isso vai acontecer até que se tenha total conhecimento das finanças da prefeitura. Até o momento o déficit esta perto dos R$ 200 milhões.
“Não suspendemos o Bolsa Aluguel, vamos manter os contratos. Estamos renovando por um mês e reavaliando cada caso”, disse Fernando Fernandes.
O segundo convênio atente 500 famílias no Bolsa Aluguel pagas pelo estado de São Paulo, a prefeitura só repassa para elas. O convênio vence em março. “A CDHU que é quem paga já disse que vai renovar, só precisa de um ofício para a renovação. Há dois meses estamos pedindo esse ofício e a prefeitura não envia”, explicou Boulos.
O prefeito garantiu que o ofício já foi enviado. Fernandes comentou, que segundo o cadastro da secretaria de obras, dentre essas 500 famílias, apenas 108 são de Taboão da Serra, então ele solicitou ao CDHU que mantenha o contrato das famílias e providencie mais 400 contratos para o município. Ele também informou que a administração anterior não prestou contas ao CDHU, fator que também pode interferir na renovação do contrato.
“O ofício já foi enviado. Eu solicitei que a CDHU pague as 500 famílias cadastradas, mas que envie mais 400 para Taboão. Não vai excluir ninguém, isso é importante”, esclareceu.
Guilherme Boulos disse que o movimento ficou satisfeito com as informações recebidas do prefeito. “Foi satisfatória [a reunião], o prefeito nos garantiu que as Bolsas Aluguel vão continuar sendo pagas, e que o convênio com o Estado vai ser renovado”, declarou.
Saúde
O MTST questionou o prefeito Fernando Fernandes sobre o caos que se encontra a saúde no município, falta de médicos tanto no atendimento de urgência, Prontos Socorros, como no atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
“O negócio esta caótico. Muita gente tem ido ao (PS) Antena e não estão sendo atendidas por falta de médicos, consultas desmarcadas nas UBSs. Sabemos que não depende só dele [prefeito], mas precisamos de uma solução”, declarou Guilherme Boulos.
Fernando Fernandes disse aos representantes do movimento que ele tem conhecimento da situação caótica da saúde de Taboão da Serra e que providências já estão sendo tomadas.
Foto: Ricardo Vaz | Divulgação
Prefeito recebeu comissão do MTST para conversar sobre o Bolsa Aluguel
Fernandes informou que a Iacta recebeu pelos serviços prestados no mês de janeiro e que o contrato será rescindido. “Tudo que eles [Iacta] fizeram em janeiro eu paguei. Paguei no dia 25 de janeiro. O que eles fizeram antes, não tenho nada haver com isso, vão ter que provar que trabalharam para receber. Quero muito resolver isso o mais rápido possível. O contrato com a Iacta será rescindido”, afirmou.
O movimento informou que vai averiguar o motivo da falta de médicos no Antena, uma vez que eles estão recebendo. “O prefeito nos informou que a Iacta esta recebendo, mas eles não estão executando o serviço. O movimento vai averiguar isso, até pra cobrar quem são os responsáveis e garantir que esse caos que esta na saúde se resolva”, falou Boulos.
A prefeitura já esta em conversação com algumas Organizações Sociais. O mais provável é que seja fechado um contrato com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), que já cuida do Hospital Geral de Pirajuçara (HGP) e do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) em Taboão da Serra. A OS cuidará das urgências, já a saúde básica será gerenciada pela própria prefeitura.
Fernandes esta bastante otimista com a possibilidade de fechar o contrato com a SPDM, ele acredita que será uma gestão de referencia no Estado. “Não tenho como fazer uma gestão direta, eles [administração anterior] acabaram com tudo. Vamos gerenciar o atendimento básico e terceirizar a urgência. Estamos em conversação com a SPDM já conhecida pelo gerenciamento da HGP e do AME. Acredito que será uma gestão de referencia muito interessante”, disse.
Quanto ao PS Akira Tada, Fernandes disse que será fechado. As urgências que são atendidas ali serão transferidas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que esta em construção no Jd. Maria Helena, próximo ao Shopping.
“O Akira vai ser só UBS, talvez um AME, estamos estudando. As urgências de lá vão passar a ser atendidas na UPA”, declarou.