Mostras de arte e fotos marcam 44 anos da Feira de Embu das Artes
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No mês de janeiro a famosa feira de artesanatos de Embu das Artes completa 44 anos. Este ano as comemorações, que serão feitas entre os dias 31 de janeiro (quinta-feira) e 15 de fevereiro (sexta-feira), contarão com atividades como exposição no Centro Cultural Mestre Assis de Embu (Largo 21 de Abril, 29), com obras de artistas que atualmente participam da Feira; exposição de fotos inéditas; exibição de filme e debate sobre a história da Feira e sua importância para o município.
Desde a sua primeira edição no dia 31/1/1969, a Feira de Embu das Artes é o mais importante evento da cidade. Em quase meio século, a partir de seus artistas e artesãos, ela legitimou a cidade como um destino de cultura e arte. Atrai 30 mil visitantes do Brasil e exterior todas as semanas, interessados na grande variedade de obras de arte, peças de artesanato, artigos para presente e até pequenos móveis e objetos de decoração. A Feira é ainda um portão de entrada para outras atrações da cidade, como o parque histórico que inclui o Museu de Arte Sacra, o Museu do Índio, a Capela de São Lázaro, amplo comércio de móveis artesanais, bons restaurantes e bares.
Foto: Eduardo Toledo
Feira de Artes de Embu das Artes é uma das mais importantes do Brasil
A Feira produziu personagens e histórias que serão lembradas no aniversário, em evento que vem sendo organizado pelas secretarias de Cultura e Turismo, do Governo da Cidade de Embu das Artes. A proposta é enfatizar o trabalho desenvolvido por artistas que consagraram a feira, como Assis de Embu, Dunga, Solano Trindade, Ana Moysés, Mestre Pracílio, José Agripino de Paula, Walter Senna, Potiguar, Vicente de Paula, Wanderley Ciuffi, e promover o patrimônio cultural da Feira, como o artesanato, as artes plásticas, esculturas e danças populares, a cerâmica e música, o movimento literário e poético. Artistas que consagraram a Feira serão homenageados.
História
Embu tornou-se conhecida como Terra das Artes em consequência do movimento artístico e principalmente pela projeção que a Feira de Artes deu à cidade dentro do cenário cultural e artístico brasileiro. A tendência artística surgiu ainda no tempo da colonização – a cidade está completando 54 anos de emancipação, em 18/2, tendo surgido do vilarejo M’Boy, fundado há 458 anos.
A tendência artística vem da colonização, feita pelo jesuítas, segundo historiadores. A imagem da Virgem na Igreja Nossa Senhora do Rosário é de autoria do padre Belchior de Pontes (1664/1719). O sacerdote jesuíta teve papel de destaque nacolonização e catequização de Embu das Artes e Itapecerica da Serra, cidade que fundou.
Com a expulsão dos jesuítas do Brasil pela coroa portuguesa, chegam outros sacerdotes que se dedicavam à escultura. Durante o século 19, registros na Vila de M’Boy apontam nomes de diversos artistas nascidos na região. Já no século 20, artistas como Cássio M’Boy, Tadakiyo Sakai, Josefina de Almeida Carvalho (Azteca), Antenor Carlos Vaz e Solano Trindade colaboram para a divulgação da cidade como centro cultural. Assim, nos anos 1960, artistas e hippies chegam a Embu das Artes, atraídos por essa característica e pela paisagem e clima interioranos da cidade, emancipada em 1959.