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Câmara vota nesta segunda-feira aumento dos médicos

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Redação

13/01/2013 00:00
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A Câmara Municipal de Taboão da Serra realiza nesta segunda-feira, dia 14, às 13h30, uma sessão extraordinária para a votação do projeto que prevê o aumento dos salários dos médicos de Taboão da Serra. Hoje, as Unidades Básicas de Saúde sofrem com a falta de profissionais e os moradores reclamam do atendimento. A proposta do prefeito Fernando Fernandes é aumentar o salário para atrair médicos para a cidade.

Atualmente a prefeitura de Taboão da Serra paga um dos piores salários para médicos de toda a região. A defasagem dos salários afasta os profissionais da cidade, fazendo com que os médicos prefiram atender em outros municípios, como São Paulo e Embu das Artes. A proposta de Fernandes é elevar para R$ 60 a hora trabalhada, valor de mercado, que irá atrair mais profissionais.

Foto: Divulgação

Sessão acontece nesta segunda-feira, às 13h30 e é considerada fundamental para a melhoria no atendimento a população que busca os postos e unidades de saúde de Taboão

Na última sexta-feira, o prefeito Fernando Fernandes ligou, na presença da imprensa, para sete Unidades Básicas de Saúde, e, em todas elas, apenas seis médicos atendiam os moradores. “Sem médico não é possível haver consultas. É um absurdo a forma como me entregaram a Saúde dessa cidade”, disse.

Segundo Fernandes, os médicos não querem trabalhar em Taboão da Serra pelo baixo salário e pelas péssimas condições em que as unidades se encontram. “Aumentando o salário poderemos fazer uma contratação de emergência e ao mesmo tempo abrir um novo concurso, isso é fundamental para que os moradores tenham um atendimento digno nas nossas unidades, que foram largadas pela administração passada”.

Apesar da intenção de aumentar o salário dos médicos, Fernandes precisa da aprovação da Câmara Municipal para poder reajustar os subsídios. Na quarta-feira, dia 9, durante sessão extraordinária, o projeto chegou a tramitar na Casa, houve uma intensa discussão, mas a votação ficou para essa segunda-feira.

Na primeira tentativa de votação, a oposição disse que outras categorias deveriam ser beneficiadas com o aumento, por isso os vereadores eram contrários a aprovação do projeto. O prefeito Fernando Fernandes disse que todas as categorias terão sua vez, mas a questão dos médicos é emergencial.

Política?

O impasse para a aprovação do projeto passa também por uma disputa de forças entre situação e oposição. Fernando Fernandes foi categórico ao afirmar que, “não podemos politizar esta questão, porque quem vai perder é a população. Temos que ser realistas. O salário pago pela prefeitura está muito defasado em relação ao mercado”.

O presidente da Câmara Municipal, Eduardo Nóbrega, questionou o posicionamento dos vereadores de oposição. “Fico me perguntando quem é que pode votar contra o aumento dos médicos? Estamos falando de uma situação de onde a vida das pessoas estão em risco, não podemos simplesmente virar as costas para o problema. Temos que aprovar esse projeto nesta segunda-feira de qualquer jeito. Não podemos ser irresponsáveis”.

Segundo o prefeito são necessários em média mais 70 médicos no mínimo para suprir o atendimento básico que deve ser feito nas Unidades Básicas de Saúde. “Precisamos de clínico gerais, médicos generalistas, pediatras, ginecologistas e psiquiatras urgentemente. Isto sem falar nos especialistas”, disse o prefeito.

 

 

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