Fernandes caminha pelo Jd. Roberto e fala sobre habitação
• Siga o Portal O Taboanense no Twitter e no Facebook
———————————————
Atrás de seu terceiro mandato como prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes (PSDB) realizou a 56ª caminhada pelas ruas taboanenses na manhã deste sábado, dia 15 de setembro. Dessa vez no bairro do Jardim Roberto, o candidato tucano intensificou o corpo a corpo com moradores e comerciantes locais.
Assim como acontece semanalmente, a equipe de reportagem do O Taboanense seleciona um tema importante para tratar com cada candidato à prefeitura municipal. Nesta semana, o peessedebista falou sobre a questão da habitação e adensamento populacional.
Foto: Eduardo Toledo
Fernandes durante caminhada no Jd. Roberto, no último sábado, dia 15
Perguntado sobre quais seriam suas propostas para a área de habitação, Fernandes disse que, antes de tudo, é preciso dar maior atenção à urbanização dos locais já ocupados na cidade. “Hoje, nós temos várias áreas já ocupadas e com gravíssimos problemas na sua urbanização. E nesse processo de urbanização dessas áreas, a gente procura também fazer algo na verticalização, para a gente poder acomodar muito mais famílias. Mas, isso é lógico que vamos ter que fazer um levantamento e projeto para isso. Mas, minha grande preocupação, neste momento, é a urbanização das áreas que já existem”.
O ex-prefeito falou ainda que já identificou algumas das regiões que devem passar pelo processo de urbanização, caso seja eleito. “Temos ai o Jardim Record, uma área muito grande e que não tem absolutamente nada. A questão ali do Vila Mafalda, Parque Trianon, que também precisam de uma intervenção muito grande na questão de urbanização. Então, a urbanização vai ser a grande tônica do nosso governo na habitação”.
Já em relação ao aumento do valor do IPTU, aprovado em 2010, o peessedebista disse que já está buscando medidas judiciais para revisar o Imposto Predial e Território Urbano, pois muitas famílias correm o risco de perder suas residências, por falta de pagamento. Em alguns casos, o custo do imposto cresceu 300%.
“Nós vamos entrar com medida judicial, pedindo uma revisão do IPTU com base no percentual que teve de aumento. São milhares de famílias em todos os bairros que falam isso. Isso vai para uma dívida ativa e, depois, uma cobrança judicial e acaba num leilão no imóvel dessas pessoas. Essas pessoas correm o risco de perder suas propriedades. Então, nós podemos viver num prazo de três a cinco anos de um “cal jurídico” na cidade. Então, nós temos que ter uma intervenção séria nesse sentido”, disse.
O tucano ainda pediu o acompanhamento da imprensa, quando for feita a abertura do processo de revisão do IPTU. “Isso é uma coisa que eu gostaria de contar com vocês (imprensa). O dia que eu abrir o processo, eu quero que vocês me acompanhem lá. Vocês estão ouvindo as pessoas falarem que não conseguem pagar o IPTU”.
Quanto ao grande adensamento populacional em Taboão da Serra nos últimos anos, Fernandes disse ser benéfica para a cidade, mas é preciso ser organizada e respeitar o Plano Diretor no município. “O adensamento populacional é bom quando é organizado. Se gasta uma enorme quantia para fazer o Plano Diretor.
O Plano Diretor prevê qual o adensamento possível em cada região. É a função do Plano Diretor. Ele faz isso observando o viário, observando as escolas e postos de saúde. Existe todo um planejamento para você falar "aqui você pode ter um adensamento tal", então se faz o Plano Diretor, mas ele é mudado na Câmara”.
O ex-prefeito ainda criticou a ação dos vereadores nos últimos anos, que mudam o Plano Diretor em votações rápidas e sem planejamento. “O Plano Diretor é feito em audiência pública, é votado em duas votações, tal a seriedade dessa lei. Então, manda-se um projeto de lei para a Câmara em urgência especial, vota-se em uma sessão única e rápida em que os vereadores não sabem nem em que estão votando. Essa que é a verdade. E ai eles mudam o Plano Diretor e acontece o que aconteceu”.