MTST rebate acusações de agressão contra candidato em Embu

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Através de sua conta no Facebook, o candidato a vereador pelo PT em Embu das Artes, Paulo Oliveira, disse que ele e militantes do seu partido “quase foram linchados por membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto”, na manhã do último domingo, dia 26 de agosto, no bairro do Jardim Santa Tereza. O motivo da agressão seria a sua proposta de implantação de um parque no terreno ocupado pelo grupo.

Em resposta a acusação apresentada pelo candidato embuense, representantes do MTST negaram a agressão e disseram que Oliveira já havia atacado o Movimento em outras ocasiões, exigindo o despejo de quase três mil famílias da ocupação Novo Pinheirinho do Embu.

"O Senhor Paulo Oliveira, que veio a público nos últimos dias para acusar o MTST de tentativa de linchamento, já havia atacado o Movimento em outras ocasiões, tendo articulado a ação de despejo contra as 2800 famílias da ocupação Novo Pinheirinho de Embu, em nome de supostas causas ambientais. Havia ainda se colocado como ‘ameaçado’ pelo Movimento por ter entrado com tal ação".

Foto: Reprodução

Paulo Oliveira fez acusações contra integrantes do MTST através do seu pefil no Facebbok

De acordo com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, em nenhum momento houve ameaças ou agressões ao candidato e sua equipe de campanha. O Movimento teria apenas respondido a provocações do político e dos seus cabos eleitorais, que pediam o despejo deles.

“Num claro ato de provocação, este senhor junto com cabos eleitorais foi fazer panfletagem em frente à mesma ocupação que trabalhara para despejar. Alguns ocupantes, indignados com a situação, organizaram-se e puxaram palavras de ordem contra o candidato. Este, assim como seus cabos eleitorais, assustaram-se e deixaram o local, tendo o candidato entrado em uma casa da região. Não houve qualquer ameaça, física ou verbal, à integridade das pessoas que ali estavam. Apesar da provocação, as famílias ligadas ao MTST reagiram com total civilidade e dentro do direito à livre expressão, de forma pacífica. Se alguém nesta história deseja violência foi quem solicitou judicialmente força policial para retirar famílias sem-teto do referido terreno”.

O MTST disse ainda que o candidato Paulo Oliveira estaria procurando criar uma situação de agressão com o propósito de sensibilizar os eleitores, para as eleições do próximo dia 7 de outubro. "O que fica claro é que tal candidato, desesperado diante de mais uma provável derrota eleitoral, apela para meios lamentáveis, buscando vitimar-se com o intuito de aproveitar eleitoralmente o episódio. O Sr. Paulo Oliveira, com este comportamento, apenas demonstra a que ponto chega o oportunismo e vale-tudo eleitoreiro. Por fim, o MTST cobra do Diretório do Partido dos Trabalhadores de Embu que tome atitude enérgica de repúdio ao comportamento deste correligionário”.

Entenda o caso

Segundo o candidato petista, sua equipe de campanha foi cercada no último domingo, dia 26, por membros do MTST, que rasgaram banners e quebraram seu material de campanha. O político disse ainda que teve que se proteger em uma casa no local e que só conseguiu sair após a chegada da Guarda Municipal do município.

"Eu e minha equipe de divulgação de campanha fomos cercados por membros ocupantes da Mata do Roque Valente, Futuro Parque Ecológico do Pirajuçara, nosso material de campanha foi rasgado ou destruído e eu quase fui linchado e minha sorte é que me refugiei em uma residência próxima ao local até a chegada da policia e GCM de Embu. Fato extremamente desagradável, verdadeiras cenas de barbárie e baderna", escreveu em seu Facebook.

Oliveira disse ainda que, mesmo após as agressões, sua equipe pretende implantar o Parque Ecológico Cultural e de Lazer do Pirajuçara no local ocupado pelos manifestantes. "Minha luta e convicção para implantação do Parque Ecológico Cultural e de Lazer do Pirajuçara continua intacta e até fortalecida. A vitória será minha resposta".