Julgamento da Operação Cleptocracia recomeça em setembro
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A justiça de Taboão da Serra marcou a nova data do julgamento dos 26 acusados pela Operação Cleptocracia da Polícia Civil de Taboão da Serra. Nas audiências, que acontecem nos dias 24, 25, 26 e 27 de setembro, as testemunhas de acusação serão ouvidas novamente. Em janeiro deste ano, o julgamento foi cancelado depois do pedido feito pelos advogados de defesa que alegaram que não tiveram acesso a todas as acusações.
As oitivas das testemunhas de acusação foram remarcadas porque, em abril, os advogados de defesa do ex-secretário Luis Antônio de Lima pediram a anulação de parte do processo. Na época, o advogado Eduardo Kuntz, do escritório Toron, Torihara e Szafir, responsável pela defesa de Luis Antônio, disse que partes do processo foram anuladas porque tinham vícios que traziam diversas dificuldades para a defesa. “Nosso pedido foi para que o julgamento não seja validado e seja refeito”.
Foto: Eduardo Toledo
A pedido do Juíz, o prédio do Fórum foi isolado pela Polícia Militar
Nesta terça-feira, dia 10, o advogado de quatro acusados, José Vanderlei dos Santos, disse com exclusividade ao Portal O Taboanense que já existe um calendário para que todos os advogados de defesa tenham acesso a todo o inquérito. “A defesa não tinha acesso aos autos, agora cada advogado terá um dia para conhecer todas as provas. Para cada acusado, o advogado poderá retirar o processo durante um dia, no mês de agosto”, afirmou.
O advogado mostrou confiança na absolvição dos seus clientes. “Eu tenho a convicção que o processo não atingiu a formalidade da lei, ele apresenta lacunas. No direito, acusação tem que descrever fatos, condutas que se amoldam a legislação penal e isso não existe no processo. Acredito que a acusação encaminha, inevitavelmente, para o insucesso, não existem provas contra os meus clientes”, garantiu.
Ainda segundo o advogado José Vanderlei, durante esse período em que o julgamento ficou suspenso, outras provas não foram inseridas no processo. “A fase policial já estava encerrada no momento. O juiz começa a ouvir novamente as testemunhas de acusação, pois houve uma falha técnica, por isso vão ter que refazer as oitivas. Mas não houve nenhum ato novo, continuo convicto que não teve nenhum ato condenatório”.