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Vice-prefeita desafia Evilásio e insinua ingratidão

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Redação

30/05/2012 00:00
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A vice-prefeita de Taboão da Serra, Professora Márcia (PT), postou em sua conta no Twitter uma série de mensagens criticando a decisão do prefeito Evilásio Farias que exonerou, na tarde desta terça-feira, dia 29, diversos filiados do PCdoB e do próprio PT. Márcia acusou o prefeito de ter tomado a atitude por motivos eleitorais.

“A atitude política do prefeito ao PC do B foi [uma] reação ao apoio ao PT meu partido”, escreveu a vice-prefeita no Twitter. Na sexta-feira, dia 25, o PCdoB reuniu sua executiva e os pré-candidatos e decidiu, por 15 votos a seis, apoiar a pré-candidatura petista, encabeçada por Wagner Eckstein.

Foto: Eduardo Toledo

A vice-prefeita professora Márcia partiu para o ataque contra Evilásio

A vice-prefeita Márcia partiu para o ataque sem nenhum pudor. Nas últimas postagens, por volta das 12h30: “Enfrentaremos a truculência da caneta na democracia junto com o povo”, dando um recado que apesar da pressão, o PT não irá desistir da candidatura própria. Márcia também escreveu: “A população não tenha dúvida, o PT sempre soube de que lado está, do lado do povo e a candidatura do Vereador Wagner está se fortalecendo”.

Márcia não perdeu a oportunidade de cutucar o prefeito Evilásio. Em vários momentos ela deixou claro que durante a crise do desvio de verbas da Dívida Ativa e da Operação Cleptocracia, que terminou com 26 pessoas presas, o PT e o PCdoB sempre estiveram ao lado de Evilásio e do governo.

“Na crise, o Líder do PT na época Ênio Tatto marcou uma audiência na Comissão dos Direitos Humanos da Assembléia Legislativa”. Em seguida, disse: “Nenhum deputado do PSB foi em defesa da cidade. Meus companheiros do PT saíram de outras comissões para garantir o quórum”.

Insinuando que Evilásio está sendo ingrato com os dois partidos, Márcia lembrou uma série de ações do Governo Federal, que é do PT, que beneficiaram Taboão da Serra e garantiram a reeleição de Evilásio. “O PT no governo garantiu investimentos na ordem de 700 milhões na cidade. Investimentos que contribuíram para melhorar a vida do povo”.

Apesar da redação das postagens estarem um pouco confusas, Márcia partiu para cima, lembrando de diversos momentos em que o prefeito precisou do apoio do PT e dos partidos aliados. “Em 2008 enfrentamos o PSDB com a justiça cassou nossa candidatura, enfrentamo a truculência da justiça na rua junto com o povo”.

Márcia também questionou que o PMDB declarou apoio a Fernando Fernandes, que é oposição ao governo, mas mesmo assim tem alguns filiados que trabalham na administração, como é o caso do assessor Marcos Vinícius. “O PMDB anunciou apoio ao PSDB, como fica? Os assessores mais próximos do prefeito são filiados ao PMDB e estão apoiando o PSDB”.

Entenda o caso

A guerra que está se desenhando entre PT e o prefeito Evilásio Farias começou, abertamente, na semana passada por questões eleitorais e políticas. Nos últimos oito anos o PT fez parte do grupo que apóia Evilásio, inclusive criou ao lado de outros partidos o Fórum Supra Partidário que ajudou a eleger o atual grupo político em 2004.

O prefeito Evilásio Farias apóia a pré-candidatura de Aprígio, que é do seu partido, o PSB. A pré-candidatura de Wagner Eckstein, que também é ligada a base governista, entrou em choque na disputa do apoio de outros partidos, como o PV, PCdoB, PDT, PTN, entre outros. O racha no governo já era esperado.

O evento que culminou nessa guerra política começou na quarta-feira passada, dia 23, quando Luis Lune declarou ao Portal O Taboanense que seria o vice na chapa de Aprígio, informação desmentida por Antônio Gomes, o Toninho, presidente do partido na cidade, logo após a publicação na notícia.

Na sexta-feira, dia 25, a executiva do PCdoB e os pré-candidatos do partido se reuniram no Pq. Pinheiros e a maioria (15 a 6) decidiu apoiar a candidatura petista. As conseqüências da decisão foram catastróficas. Além da demissão em massa dos filiados do PCdoB e do PT, um áudio, com uma suposta conversa entre Toninho e seus filiados, falando sobre uma possível negociação em dinheiro e cargos foi divulgado na internet e repassado para a imprensa e para os 13 vereadores.

 

 

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