Comerciante briga com assaltante, cai em rio e morre

O comerciante Elias Nunes Ferreira morreu neste domingo, dia 13, após entrar em briga com um assaltante que tentou furtar o rádio de seu carro. Os dois caíram no córrego Joaquim Cachoeira, Elias bateu com a cabeça, foi socorrido no HGP, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Populares que estavam no local tentaram linchar o acusado que foi salvo pela PM.

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Segundo testemunhas, Elias é comerciante e morava na rua Arlindo Genário de Freitas, no Jd. Saporito, em Taboão da Serra. Ele estava conversando com vizinhos por volta das 17h, quando viu que um homem entrando em seu carro e tentando arrancar o aparelho de som. O comerciante tentou impedir e o assaltante começou a bater em Elias. Os dois caíram no chão próximo do córrego Joaquim Cachoeira, durante a briga, o acusado puxou o comerciante e os dois caíram no rio.

Foto: Eduardo Toledo | Reprodução

Elias Fortunato é acusado de latrocínio e quase foi linchado por populares

Pelo menos dois vizinhos de Elias pularam no córrego para socorrer o rapaz que tinha 30 anos era dono de uma borracharia, no mesmo bairro. Uma viatura do Samu socorreu a vítima que foi levada ao Hospital Geral do Pirajuçara, mas os ferimentos na cabeça eram graves e o comerciante não resistiu e morreu antes da cirurgia.

O acusado de ter cometido o assalto e a morte do comerciante também se chama Elias, tem 24 anos e mora no Jd. Koabara, também em Taboão da Serra. Populares que estavam no local se revoltaram com o crime e tentaram linchar o acusado. Segundo a polícia, o criminoso chegou a apanhar bastante, mas com a chegada da PM ele acabou sendo salvo. Com muitos ferimentos, ele foi levado ao PS da Antena, onde foi medicado.

Elias Fortunado, é acusado de tentativa de roubo e homicídio e ele responderá por latrocínio (roubo seguido de morte). A polícia desconfia que o acusado estava muito drogado, pois não falava nada com nada. Já na delegacia, ele manifestou o direito constitucional de ficar calado e não prestou depoimento. O acusado será transferido para o CDP de Itapecerica da Serra.

Sem proteção

Apesar do crime que chocou os moradores do bairro, a revolta também recaiu sobre a prefeitura de Taboão da Serra. A rua Arlindo Genário de Freitas, por onde corre o rio Joaquim Cachoeira está há quase dois anos em obras para a canalização do córrego. Não há proteção entre a rua e o rio.

“Acho isso um absurdo, o crime já é bárbaro, mas se tivesse aqui uma proteção o Elias ainda estaria vivo. A prefeitura é omissa, estamos com essa obra há dois anos e ninguém faz nada, é uma vergonha”, disse o morador Geraldo Alves de Souza, morador do CSU.