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Moradores da região sofrem com falta de vagas no HGP

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Redação

29/03/2012 00:00
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Hospital Geral do Pirajuçara (HGP) que deveria ser referência para Embu das Artes e Taboão da Serra não dá conta da demanda e pacientes esperam semanas e ás vezes meses para serem internados e tratados. O hospital só tem 285 leitos para população de 500 mil habitantes.


Foto: Thiago Nemme

O problema da falta de vagas para os pacientes de Embu e Taboão já foi discutida pelos governos municipais e Estadual, mas ainda não foi resolvido

 

Galdino Pereira Bonfim, de 94 anos teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na segunda-feira, dia 26. Morador do bairro Parque Pinheiros em Taboão da Serra, ele foi atendido emergencialmente no Pronto Socorro Akira Tada. Os médicos do Posto precisaram o encaminhar para um Hospital com mais recursos, o Hospital Geral do Pirajuçara (HGP). Galdino está em uma maca no ambulatório sem atendimento específico e até o fechamento desta edição não tinha previsão de ir para um quarto.

 

“Isso aqui é um depósito de gente, não tem acompanhamento. Meu avó tinha que ir para um quarto o mais rápido possível. E não é só ele, tem um homem que conversei que quebrou a clavícula e estava em uma maca há 18 dias”, relatou Neuri Dantas, neto do Sr. Galdino.

 

O relato da situação de Galdino é o mesmo de muitos pacientes e se repete todos os dias, naquele que deveria ser o hospital referência na região. A falta de vagas para os pacientes de Embu das Artes e Taboão da Serra já foi discutida pelos municípios e governo do Estado e até na Assembléia Legislativa pelo Deputado Geraldo Cruz (PT).  Segundo o Deputado, o déficit é de mais de 500 leitos, o dobro do que juntos disponibilizam os Hospitais Gerais Pirajuçara e Itapecerica.  “Essa questão só será resolvida com a ampliação ou com a construção de um novo Hospital. Conversamos com o secretário estadual e não há previsão disso acontecer. Estamos chamando a população para se organizar só na briga vai sair porque o HGP foi assim, só com o movimento popular”, disse Geraldo em entrevista à Gazeta SP, publicada no início do mês de março.

 

O secretário de Saúde de Taboão da Serra, José Alberto Tarifa diz que a demanda é ainda maior e aponta que o ideal para Embu e Taboão, seriam 1 mil leitos. “O HGP está trabalhando na sua capacidade máxima, eles só tem 285 leitos para atender uma população de 500 mil habitantes”. Tarifa relata que o município faz sua parte, mas que em alguns casos, pacientes morrem antes de conseguir uma vaga no Hospital.

 

Outro Lado

A Gazeta SP entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

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