MTST ocupa novo terreno em Embu das Artes
Na noite da última sexta-feira, dia 2, um grupo do Movimento dos Trabalhadores Sem teto (MTST) ocupou um terreno no Pq. Pirajuçara, em Embu das Artes. Segundo os líderes do movimento, cerca de 800 famílias estão acampadas no local. O grupo exige que no terreno, de propriedade da CDHU, sejam construídas casas populares.
A reportagem do Portal O Taboanense acompanhou de perto a invasão. Pelo menos três ônibus com integrantes do MTST partiram da praça Luis Gonzaga, no Pirajuçara, em Taboão da Serra rumo a cidade vizinha. A ocupação foi batizada de “Novo Pinheirinho de Embu”, uma alusão a comunidade de São José dos Campos.
Foto: Maikc Reis
Integrantes do MTST durante invasão do terreno em Embu das Artes
Além dos ônibus, dois caminhões carregados de bambus e lonas ajudaram os integrantes do movimento na invasão. Em menos de duas horas, diversos barracos já estavam em pé e com pessoas ocupando os abrigos improvisados. A polícia chegou logo em seguida, mas não houve confrontos.
Para Vanessa de Sousa, coordenadora do movimento, existem outras reivindicações que devem ser debatidas. “Temos um convênio com a CDHU há mais de três anos. Cerca de trezentas pessoas vivem do ‘bolsa aluguel’ e esse convênio vence em junho de 2012e não está tendo uma negociação por parte deles”.
Na madrugada do sábado, dia 3, o grupo realizou uma assembleia. De acordo com Guilherme Boulos, o MTST não cobra dinheiro. “Aqui não se vende barracos e nem lotes, aqui o que cada um conseguir é através da sua luta”, disse. Boulos ainda disse que os barracos serão numerados e será feito, em seguida, um cadastramento das famílias.
Reunião
Na tarde de sábado, uma reunião na Escola municipal Valdelice Medeiros entre o prefeito de Embu das Artes, Chico Brito, o presidente da CDHU, Antônio Carlos Amaral e lideranças do MTST deu início a um acordo entre as partes. Segundo o movimento, “tanto a Prefeitura quanto a CDHU afirmaram o interesse de construção de 1200 moradias para atendimento das famílias organizadas pelo Movimento, priorizando as famílias da região de Embu”, afirmou em nota oficial o MTST.