Manifestantes pedem volta de cursos na secretaria de Cultura
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O evento, realizado por artistas, arte-educadores, alunos e moradores de Taboão da Serra na tarde deste sábado, dia 24, reuniu cerca de 150 pessoas que pediram a volta dos cursos e das aulas no Liceu de Artes Municipal, Escola de Música, Escola de Bailado, Escola de Teatro e Escola de Circo e pelo atraso no pagamento dos professores. As aulas estão suspensas há uma semana.
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A suspensão das aulas foi gerada para apuração de denúncias feitas pela Polícia Civil que afirma em seu relatório que existe um esquema fraudulento envolvendo notas frias de algumas ONGs responsáveis pela contratação de professores. O prazo dado pela prefeitura para a apuração é de 30 dias.
Foto: Nicolli Oliveira
Manifestantes durante protesto na praça Nicola Vivilechio
A ação que estava marcada para às 14h, teve início às 14h40, tendo como anfitriã, Maria Helena Santos , representante da Secretaria da Cultura. Maria Helena aponta que “esses tipos de eventos servem para manter a cultura, pois não podemos ficar sem ela”.
O ato teve início com uma aula de exercícios físicos animados da professora do “Curso de Intervenção Lúdica Hospitalar” e sua aluna. Em seguida houve apresentação do grupo musical “A Feira” que fez todos os presentes dançarem com o estilo capoeira de música.
A professora de teatro infantil Vera Dias, reuniu seus alunos para uma apresentação sobre as quatro estações, com cantigas de roda e brincadeiras infantis.
Depoimentos de professores, alunos e membros da comunidade tiveram como base a volta das aulas. “Fiquei indignada quando fui levar meus filhos na escola e recebi a notícia de que seriam fechados os cursos!”, foi o que afirmou Selma, aluna do curso de violão e mãe de dois alunos da escola.
A vice-prefeita e secretária de cultura, Márcia Regina, disse em sua declaração que não há força capaz de acabar com a cultura nessa cidade e completa: “Estou aqui como militante e não como integrante do governo”.
Em entrevista, Márcia diz que o fechamento dos cursos é motivado por falsas denúncias, a vice-prefeita ainda afirma que o relatório da Polícia Civil relata nunca ter havido cultura no Taboão diz não saber os motivos dos investigadores não informarem que parte dos recursos das ONGs são para pagar os professores. Márcia questiona: “A quem interessa falar que nunca teve cultura no Taboão?”
O professor voluntário de teatro, Daniel Diez, reclama: “Não tem nada a ver fechar os cursos, política é política e cultura é cultura, é obrigação da prefeitura ter práticas de cultura na cidade”.