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Audiência pública discute investimentos no magistério

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Redação

31/08/2011 00:00
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A Câmara Municipal de Taboão da Serra realizou nesta quarta-feira, dia 31, uma audiência pública para debater a questão do Fundeb na cidade. O Tribunal de Contas rejeitou as contas de 2008 do prefeito Evilásio Farias, por falta de investimentos na educação. Cerca de 50 professores participaram da reunião.

Uma das maiores dúvidas dos professores era onde o dinheiro, pouco mais de R$ 1 milhão, está depositado. “Nós vamos atrás desse dinheiro, se ele estiver depositado em alguma conta e ainda puder ser investido na valorização do magistério, principalmente em abono para a categoria”, disse o vereador Paulo Félix.

Foto: Divulgação

Professoras entregam reivindicações da categoria para vereadores

Uma das deliberações da audiência é a tentativa de marcar uma reunião com o prefeito Evilásio Farias para discutir a questão da valorização dos professores. “Não sei se ele ai nos receber, mas vamos tentar, porque é de interesse de todos”. As ADIs entregram na oportunidade uma série de reivindicações, a principal delas é a equiparação salarial com os professores da rede. “Fazemos tudo o que os professores fazem, não tem porque nós ganharmos menos”, disse Iara Domingos dos Santos, representante das ADIs.

Débora Aristides, vice-presidente do sindicato dos Funcionários Públicos de Taboão da Serra, disse que se não acredita que o dinheiro ainda esteja depositado em alguma conta e que possa ser utilizado na valorização do magistério. “Aprovando as contas, vai virar uma prática. Essa cidade já está um caos e a educação também, só vai piorar se essas contas forem aprovadas. É constrangedor, vergonhoso”, disse.

Muitos professores presentes reclamaram de diversas questões relacionadas a educação. Para a professora Sandra, o Ideb alto que algumas escolas alcançaram, se deve a dois fatores. “O primeiro deles é por causa da comunidade, ao esforço dos pais que muitas vezes compram materiais, porque no ano passado só chegou em agosto. E outro fator são os professores, que chegam a tirar [dinheiro] do bolso para garantir um mínimo, o básico na qualidade de ensino. É com indignação que a gente houve que deixaram de investir R$ 1 milhão”, falou.

Sandra também reclamou da forma como os conselhos municipais foram formados. “São conselhos que a prefeitura indica a maioria [dos integrantes] e nós vamos lá para ser vaca de presépio. E se você fala muito, eles até dão um jeito de te tirar do conselho”, garantiu.

Participaram da audiência os vereadores Paulo Félix e Cido, além dos sindicatos da classe, assistentes de desenvolvimento infantil e outros servidores públicos.

Contas

As contas de 2008 do prefeito Evilásio Farias foram rejeitadas porque os auditores do Tribunal de Contas apontaram um erro insanável: a aplicação insuficiente de recursos do Fundeb na remuneração do magistério. Segundo o TCE, houve o descumprimento do artigo 60 da Constituição Federal. “As principais questões que ensejaram a emissão do parecer combatido foram a insuficiente aplicação de recursos do Fundeb na remuneração do magistério (54,3%), descumprindo o artigo 60 da Constituição Federal”.

 

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