Polícia cumpre novos mandados de busca e apreensão
A operação está em curso durante toda a manhã desta terça-feira e o Portal O Taboanense acompanha todas as ações da Polícia Civil. Essa é a terceira etapa da operação Cleptocracia que vem investigando as fraudes no sistema financeiro da prefeitura. A partir da primeira série de prisões, a Seccional de Taboão da Serra abriu novos inquéritos e as frentes de investigação já atingem 20 setores da prefeitura.
Na tarde da última segunda-feira, dia 22, os policiais Raul Godoy, delegado, Ivan Jerônimo, Chefe dos investigadores e Ronaldo Nogueira, do SIG, participaram das oitivas da Comissão Especial de Inquérito da Câmara Municipal. Na ocasião, os policiais não descartaram novas prisões.
Ainda nesta terça-feira, às 18h, a Câmara Municipal deve votar o pedido de abertura de cassação do prefeito Evilásio Farias.
Entenda o caso
O esquema que fraudava os cofres públicos começou a ser descoberto no dia 18 de março, com a prisão em flagrante do funcionário público Márcio Carra. Ele, segundo a polícia, baixava indevidamente impostos que estavam na dívida ativa em troca de propina. A investigação da Polícia Civil levou a descoberta de uma quadrilha que operava o esquema.
No dia 3 de maio, a Polícia Civil deflagrou uma enorme operação. Três vereadores foram presos durante a sessão da Câmara Municipal e no dia seguinte outas oito prisões aconteceram. Dois acusados conseguiram fugir e ainda são considerados foragidos pela justiça.
Na época a polícia calculava que o rombo nos cofres públicos ultrapassasse os R$ 10 milhões. Pouco mais de um depois, o investigador-chefe Ivan Jerônimo disse ao Portal O Taboanense que a fraude pode ser muito superior a esse número. “Não me surpreenderia se o rombo seja de 20, 30, 50 milhões de reais”.
A segunda etapa da operação Cleptocracia aconteceu no dia 6 de junho. 14 pessoas foram presas, entre elas três secretários e um vereador, além de funcionários públicos e empresários envolvidos no esquema, segundo a Polícia Civil.
No dia 28 de julho, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu Habeas Corpus aos envolvidos na fraude da Dívida Ativa em Taboão da Serra. Os presos deixaram a cadeia mediante pagamento de fiança no valor de R$ 27 mil. O Tribunal determinou ainda, que nenhum deles deixasse suas residências após as 18h.
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A Polícia Civil de Taboão da Serra cumpre na manhã desta terça-feira, dia 23, um conjunto de 42 mandados de busca e apreensão. O nome dos acusados ainda não foi divulgado, mas a lista atinge secretários, pelo menos um vereador, funcionários da prefeitura e ex-servidores. Ninguém foi preso na operação.
A Polícia Civil confirmou a busca e apreensão de documentos na casa e no gabinete da secretária de Assistência Social e Cidadania, Arlete Silva. A polícia também realizou a busca na casa do ex-secretário de trânsito e transporte, Claudinei Pereira dos Santos. Ambos compareceram na delegacia Seccional para assinar o documento detalhando o material apreendido. O vereador Aprígio também teve um mandado expedido para a apreensão de documentos.
A operação está em curso durante toda a manhã desta terça-feira. Essa é a terceira etapa da operação Cleptocracia que vem investigando as fraudes no sistema financeiro da prefeitura. A partir da primeira série de prisões, a Seccional de Taboão da Serra abriu novos inquéritos e as frentes de investigação já atingem 20 setores da prefeitura.
A busca e apreensão de documentos foi um pedido da Polícia Civil e é decorrente das investigações na secretaria de trânsito, onde a Seccional acredita que exista um esquema de “quebra” de multas. Segundo o ex-secretário, Claudinei, “em Taboão da Serra não existe indústria da multa. Fico entristecido com o que vem acontecendo na cidade. Taboão da Serra não merece isso”, disse.
Para o advogado de Claudinei, Dr. Marco Antônio, a polícia está tentando mostrar que existe uma indústria da multa na cidade, quando, segundo ele, não há. “Não existe máfia, todos os processos possuem recursos. Das 389 mil multas aplicadas no ano passado, apenas 1,82% estão sendo postas como suspeitas”.
A Polícia Civil também fez busca e apreensão de documento na casa do vereador Aprígio, além da sede da Cooperativa Habitacional Vida Nova. As informações ainda são preliminares. O delegado, Dr. Raulo Godoy, responsável pelo caso, disse que não irá se pronunciar sobre a operação.
A secretária Arlete Silva disse que os policiais chegaram em sua casa de manhã com um mandado. "Fizeram uma busca minuciosa em minha casa, olharam todos os documentos, inclusive abriram o meu armário, mas só levaram o meu notebook. Não tenho nada a esconder, sou transparente".
Na tarde da última segunda-feira, dia 22, os policiais Raul Godoy, delegado, Ivan Jerônimo, Chefe dos investigadores e Ronaldo Nogueira, do SIG, participaram das oitivas da Comissão Especial de Inquérito da Câmara Municipal. Na ocasião, os policiais não descartaram novas prisões.
Ainda nesta terça-feira, às 18h, a Câmara Municipal deve votar o pedido de abertura de cassação do prefeito Evilásio Farias.
Entenda o caso
O esquema que fraudava os cofres públicos começou a ser descoberto no dia 18 de março, com a prisão em flagrante do funcionário público Márcio Carra. Ele, segundo a polícia, baixava indevidamente impostos que estavam na dívida ativa em troca de propina. A investigação da Polícia Civil levou a descoberta de uma quadrilha que operava o esquema.
No dia 3 de maio, a Polícia Civil deflagrou uma enorme operação. Três vereadores foram presos durante a sessão da Câmara Municipal e no dia seguinte outas oito prisões aconteceram. Dois acusados conseguiram fugir e ainda são considerados foragidos pela justiça.
Na época a polícia calculava que o rombo nos cofres públicos ultrapassasse os R$ 10 milhões. Pouco mais de um depois, o investigador-chefe Ivan Jerônimo disse ao Portal O Taboanense que a fraude pode ser muito superior a esse número. “Não me surpreenderia se o rombo seja de 20, 30, 50 milhões de reais”.
A segunda etapa da operação Cleptocracia aconteceu no dia 6 de junho. 14 pessoas foram presas, entre elas três secretários e um vereador, além de funcionários públicos e empresários envolvidos no esquema, segundo a Polícia Civil.
No dia 28 de julho, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu Habeas Corpus aos envolvidos na fraude da Dívida Ativa em Taboão da Serra. Os presos deixaram a cadeia mediante pagamento de fiança no valor de R$ 27 mil. O Tribunal determinou ainda, que nenhum deles deixasse suas residências após as 18h.
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Com reportagem de Rodrigo Martins