EM ALTA
Home

Evilásio pede apoio de deputados por justiça e imparcialidade

6 min de leitura
Foto do autor

Redação

18/08/2011 00:00
• Siga o Portal O Taboanense no Instagram, no Youtube e no X e fique por dentro de tudo que acontece na nossa cidade

 

Por Rodrigo Martins e Eduardo Toledo

Uma comissão formada pelo prefeito Evilásio Farias, pela vice-prefeita Professora Márcia, pelos vereadores Valdevan Noventa e Fausta, diversos secretários e funcionários públicos foram até a Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, dia 17, pedir que os deputados acompanhem as investigações que estão sendo realizadas pela Polícia Civil e pela Justiça.

A comissão taboanense foi recebida pelos deputados da Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT). Outros seis deputados, entre eles Geraldo Cruz, e Capitão Major Olímpio participaram da audiência que começou às 16h e só terminou por volta das 18h30.

Foto: Rodrigo Martins

Prefeito Evilásio mostrou reportagens publicadas em veículos de comunicação da cidade

Os governistas acusam a Polícia Civil de intimidação, truculência e dar tratamento diferente na investigação das fraudes que ocorreram no sistema financeiro do município. O prefeito Evilásio Farias disse que quer “justiça e a imparcialidade das autoridades de Taboão da Serra”.

Citando os policiais Raul Godoy e Ivan Jerônimo, Evilásio acusou os dois de o terem exposto no programa Brasil Urgente, da Band, o jogando contra a população. “Um delegado de polícia [não pode] usar de um meio de comunicação de abrangência nacional e dizer que o IPTU aumentou 1000%, o que houve foi a revisão da planta genérica e não aumento”. Apesar da lógica do prefeito, os carnês vieram mais “recheados” após a alteração proposta por ele.

Evilásio ainda disse que “não podemos aceitar que membros promovam a discórdia entre Poderes”. O prefeito também ameaçou fazer uma grande investigação para apurar irregularidades que possam ter acontecido há mais de 12 anos. “Eu não fiz investigação ainda, mas agora vamos iniciar e nós vamos encontrar muito mais coisa e muita coisa antes de 2004. Doa a quem doer, nós não vamos prevaricar”.

A vice-prefeita, professora Márcia, pediu que os deputados acompanhem de perto as investigações que estão sendo realizadas pela Polícia Civil e disse que “Taboão da Serra está pedindo socorro”. Segundo ela, “não podemos admitir que as instituições do estado possam ser usadas para intimidação”.

 
Polêmica

O depoimento mais polêmico da tarde foi do vereador Valdevan Noventa. Ele disse que o investigador Ivan Jerônimo teria conversado para que ele votasse a favor das contas do ex-prefeito Fernando Fernandes. “O Ivan me ligou, eu estava no Shopping Morumbi com minha namorada ele disse que estava indo até mim, ao chegar perguntou como eu ia votar as contas”.

De acordo com o vereador, “poucos dias depois, apareceram policiais da Seccional junto com meu concunhado Baía e disse que o Ivan queria falar comigo, eu fui ao encontro dele ele me disse, olha só sobre as contas eu quero a garantia do seu voto”. Valdevan Noventa criticou também a postura de alguns colegas de Câmara. “O que mais me envergonha é ter dois ou três vereadores a serviço deles [polícia]”.

Foto: Rodrigo Martins

Para investigador, Evilásio está tentando politizar a polêmica da fraude

Noventa ainda disse que a cidade se transformou em uma verdadeira “ditadura”. Emocionado, o vereador chegou a chorar quando disse que não será mais candidato por pedidos de seus familiares. “Peço a vocês como homens de lei que vão buscar a verdade. Se eu dever quero sair algemado da Câmara. Não estou aguentando essa situação, muitos estão sendo coagidos. A polícia não pode estar acima dos direitos das pessoas. Por isso peço ajuda de vocês”, disse aos deputados.

Em outro momento, o vereador chegou a dizer que o policial teria tentado levá-lo até Paraisópolis para “discutir” o voto nas contas do ex-prefeito com o “comandante” do local.

Outro lado

O investigador-chefe da Seccional de Taboão da Serra, Ivan Jerônimo, disse em entrevista ao Portal O Taboanense que as pessoas envolvidas nos crimes estão tentando desviar o foco e levar a questão para o campo político. “Entendo que o trabalho policial foi e está sendo bem feito. Já prevíamos que eles tentariam desqualificar o nosso trabalho, da nossa parte não há nenhuma surpresa”.

Segundo Ivan, “o camarista Noventa alegou que eu quis levá-lo a comunidade Paraisópolis para falar com o Comandante, que entendi ser o indivíduo conhecido como "Piauí", seria uma tarefa impossível, pois que, não possuo amizade com ele ou ainda, qualquer tipo de contato ainda que distante, é notório e sabido conforme dito pelo próprio camarista, que ele sim possui contato com o "Piauí", inclusive jogava futebol com ele, segundo ele mesmo afirmou”.

O policial rechaçou qualquer envolvimento político nas investigações. “Jamais entrei na seara política, inclusive não sou filiado a nenhum partido político, aliás, nunca fui. Assim como, externo que não tenho interesse em ingressar na vida política”. Ivan também disse que “De outro lado, não entrarei no jogo deles que é politizar a investigação”.

 

 

Notícias relacionadas