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“Não rachamos e não perdemos nossos medalhões”, diz presidente do PP

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Redação

11/04/2012 00:00
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O Partido Progressista (PP) fechou questão em relação ao apoio a Fernando Fernandes (PSDB) na sucessão municipal. O partido, que chegou a lançar candidatura própria e rechaçar Fernandes, agora já fala como oposição ao governo Evilásio e busca espaço em uma futura chapa ao lado dos tucanos.

O presidente do partido em Taboão da Serra, Raí Collor, disse nessa semana ao Portal O Taboanense que o PP não “rachou”, como muitos esperavam que fosse acontecer. “Nosso grupo está coeso, não perdemos nossos medalhões. Vamos passar por cima dos que andaram falando besteira do partido”, critica.

Foto: Eduardo Toledo

Raí Collor, presidente do PP, declarou apoio a Fernando Fernandes

De acordo com Raí, após o partido oficializar o apoio a Fernandes, houve retaliações da administração. “Algumas pessoas tiveram que sair do partido. Foram obrigados a fazer essa desfiliação, fizeram isso na mesa do Sr. Evilásio, como é o caso do Tigrão, do Wanderlei e do Iran”, disse Raí.

Segundo o presidente do PP, quem se recusou a deixar o partido e manteve a pré-candidatura, perdeu os cargos na administração. “Foi colocado que deveriam fazer a desfiliação, quem não fez foi mandado embora, como o Wagner Onishi e o Carlinhos do Leme”.

Já integrado a pré-campanha de Fernandes, o PP busca agora uma coligação. “Esperamos coligar com o PMDB, com a saída dos três pré-candidatos até nos ajudou, fica mais fácil coligar. Queremos lançar 15 candidatos, 12 homens e três mulheres. Junto com o PMDB podemos brigar para fazer duas cadeiras na Câmara Municipal, essa é nossa meta”.

Mas o PP sonha fazer parte também da chapa majoritária. “Nós queremos a vice, estamos pleiteando, ele [Fernando Fernandes] tem um compromisso com o PMDB, mas se eles abrirem mão, nós queremos indicar o vice. Temos duas opções, o Vagner Vidal que é um empresário, jovem, inteligente ou eu mesmo, mas prefiro ficar na coordenação”.

Idas e vindas

O PP foi um dos partidos mais disputados nos bastidores. Montado com cuidado pela executiva municipal, a legenda apresenta lideranças com potencial de voto que são o sonho de qualquer candidato a prefeitura. No dia 30 de setembro, o partido oficializou uma série de filiações, o evento contou com a presença do prefeito Evilásio e de Aprígio. Tudo indicava que o PP iria apoiar o candidato do governo.

Em novembro, em uma entrevista polêmica ao Portal O Taboanense, Raí Collor disse que o PP gostaria de lançar o nome do investigador Ivan Jerônimo a prefeito. A notícia abriu caminho para uma série de ações que alçou o nome do policial como prefeiturável.

Em fevereiro deste ano, a executiva estadual determinou que o partido apoiasse Fernandes, o que causou descontentamento em alguns filiados, inclusive Raí Collor. O PP passou a adotar o discurso que lançaria candidatura própria, mas acabou recuando diante da posição da Estadual.

“No começo o PP gostaria de lançar candidatura própria, mas depois de um acordo entre o Maluf e o governador Alckmin, houve esse acordo entre o PP e o PSDB. Tentamos conduzir o máximo possível a situação, mas chegou uma hora que a gente precisava fechar compromisso. Abrimos mão da candidatura própria para apoiar o PSDB”, confessa Raí.

Em relação a recusa do partido em apoiar o PSDB, Raí explica que tudo foi resolvido. “Realmente eu tinha certa resistência em relação ao nome dele [Fernando Fernandes], mas nós já resolvemos as arestas e hoje eu sou um dos coordenadores da sua pré-campanha”.

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